Quando li pela primeira vez um texto do filósofo Slavoj Szizek falando sobre a "era do café descafeinado" achei um exagero. Quer dizer, claro que há muitas pessoas que usam e abusam (
C&A) de coisas assim, fazem uma pausa no trabalho para tomar um
Nescafé (o café descafeinado com gosto de café feito em casa); pedir uma
Coca-Cola light no almoço (porque refrigerante engorda, mas aquela feijoada que estava no prato não...); voltar pra casa no seu
totalflex (pra poupar grana de combustível, que a gasosa tá cara) que é o segundo ou terceiro carro da tua família (porque não dá pra ficar sem carro em dia de rodízio, né?); beber uma cerveja
Kronenbier (sem álcool, porque álcool engorada, dizem as últimas pesquisas); agradecendo a deus pelo alisamento progressivo (porque cabelo cacheado é liiiiindo de morrer mas dá um trabalho...)
Bem, ok, talvez eu estivesse sendo inocente e acreditando na bondade inerente do ser humano, que o Brasil é o país do futuro, que ter potencial é igual chegar lá (um dia!) e que o negócio é esse mesmo, sorria pro Sinhosinho Malta e deixa ele fazer um cafuné na tua cabeça,
ter uma experiência de contatos imediatos do terceiro grau com um nativo vindo diretamente da selva, trocar ouro e pedras preciosas por miçangas e espelhos... Mas todos têm que ser inocentes um dia, até um certo ponto, claro.
Vivemos vidas de mentira, iludindo a nós mesmos que é "the real thing".
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Agora a eMpTyV não toca mais música. Genial, não? Um canal de música que não toca música...
garçon, um mixto-quente sem presunto e sem queijo, por favor!*************
Estive conversando com um amigo sobre a questão do aumento de
90% do salário dos congressistas (que em menos de um ano já terá beneficiado todo o funcionalismo público) e ele me disse:
"Mas, cara, pensa só...deve ser muito difícil decidir seu próprio salário!". Realmente, deve ser difícil decidir se R$ 150.000, 00 por mês (entre salários e benefícios) é pouco, o bastante ou muito para um deputado federal.
Esse aumento acarretará um prejuízo de cerca de R$ 200.000.000 por ano para os cofres públicos. Mas aumentar o salário mínimo em, digamos, R$ 100,00 é algo impraticável, assim o país vai a falência. Então, vamos manter o salário de todos baixo e aumentamos o nosso, que aí ninguém reclama, certo?
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Depois de tudo isso, lanço o concurso "Brasil, ame-o ou deixe-o (e o último que apague a luz)". A idéia mais criativa para substituir o bom e velho "ordem & progresso" (é, com & comercial mesmo!) da nossa muy querida y amada bandeira leva uma bala
7 belo.
Eu abro com:
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