18.1.12

a SOPA, a PIPA, e outros objetos curiosos

quando a china fez, reclamou-se.

quando o irã anunciou que iria fazer, reclamou-se.

agora, os eua querem fazer. e, felizmente, está-se reclamando.

a internet é um espaço livre, não se pode – nem se deve – tentar limita-lo. mais iimportante ainda, não se deve fazê-lo disfarçado de proteção ao direito de propriedade intelectual.

por que?

porque direitos autorais não são a principal fonte de renda de nenhum criador. mas, curiosamente, são a principal fonte de renda das indústrias culturais e científicas. precisamos aceitar a função da criação na sociedade contemporânea e discutir, sim, maneiras de preservar os direitos dos criadores (que fique claro que tenho objeções tanto ao modelo de copyright quanto ao de copyleft). os criadores têm direito a ficarem incomodados com o excesso de pirataria que sofrem, principalmente por meio da internet, mas não têm direito de limitarem o meio por conta dos usuários. todavia, os usuários ainda têm que fazer sua parte em reconhecimento ao trabalho artístico que lhes agrada.

essa legislação que se propõe nos eua – SOPA na câmara dos deputados, PIPA no senado – afeta toda a comunidade mundial. se o bater de asas de uma borboleta no pacífico pode causar um furacão do outro lado do mundo, o que dizer do bater de asas de um dragão. tais legislações nos afetam a todos. por isso, temos que prestar atenção não só ao que está acontecendo lá, mas também às suas versões já existentes em outros países e regimes, bem como para que projetos semelhantes não venham a ser propostos aqui.




muitos sites, blogs e afins entraram em blackout mode, em protesto aos projetos de lei. outros, apresentam textos sobre o tema. seja qual for a sua forma preferida, não deixe de se pronunciar.


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